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Aula São Paulo inaugural, 28 de janeiro de 2005

Seminário com Manuel Castells

Inaugurando o projeto Aula São Paulo, o Professor Manuel Castells destacou 12 pontos considerados chaves na gestão de uma grande cidade, tomando exemplos de Barcelona, Nova Iorque, Cidade do México e referências a São Paulo.

O primeiro ponto considerado essencial por Castells é prioridade da administração: a primeira ação de uma reforma municipal é a reforma da administração municipal. Em Barcelona, isso foi fundamental, ao se incrementar a produtividade com menor custo. Ademais, o incremento dos recursos tecnológicos, somados a maior flexibilidade e descentralização, permitiram, não apenas uma série de recursos à população, como também maior transparência administrativa. Para que essa política não tenha caráter populista (frente à necessidade de se tomar decisões impopulares), é preciso também que haja a construção de legitimidade política, pensando a comunicação enquanto área estratégica.

Para lidar com o problema da segurança, Castells propõe começar pelos problemas estruturais, como o salário pago aos policiais e, depois, a confiança que a população deve ter em relação a eles. No âmbito dos transportes, a questão também não está ligada a simples construção de vias expressas ou mais meios de transporte coletivos, sem que haja concessão de licenças, determinação de uso do solo, enfim, uma política de transporte. Isso passaria, ainda, por uma visão de confluência dos diversos meios de transporte, sem esquecer que o caminhar é um dos mais importantes.

Dois outros temas destacados foram a reforma de favelas e conjuntos habitacionais, e a revitalização da vida urbana, em que se enfatizou a importância de se buscar uma política semi sistemática de acondicionamento de equipamentos de segurança, estimulando e incrementando as capacidades de auto-construção e autogestão dos equipamentos. Isso seria acompanhado de políticas de revitalização de núcleos de socialização, tanto no centro quanto na periferia. As duas medidas, são capazes de indicar uma terceira, a reconstrução do espaço público, como espaço fundamental da relação na cidade. O espaço público é a própria política urbana da relação e da comunicação.

Chegando ao fim, o Professor ressaltou a “marcação simbólica do espaço”, ou ainda, a “monumentalidade distribuída”. Monumentos, estátuas, artes públicas, são fundamentais às cidades.
Como último ponto, falou sobre a necessidade de construir uma política integrada, em que todos os preceitos sejam contemplados a partir de um plano estratégico, sendo este entendido enquanto juntar os atores sociais, as forças sociais, econômicas, culturais, políticas da cidade, com o município. Nesse aspecto, há que se buscar a criatividade dos bons urbanistas brasileiros que podem fazer as coisas muito melhor e muito mais fácil que os grandes urbanistas internacionais, que repetiriam as fórmulas já usadas em outras cidades do mundo.


Leia a palestra na íntegra

Veja apresentação da palestra em formato Power Point

 

 

 

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