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Meio Ambiente

Seul descobre que cuidar do meio-ambiente pode trazer benefícios econômicos
Por Jin Hyun-joo, Korea Herald

A restauração do rio Cheonggyecheon no coração da capital coreana, Seul, significa que a Coréia do Sul, um dos países mais industrializados da Ásia, começa a demonstrar um grande interesse pelo meio-ambiente e pela natureza. As obras de recuperação do rio têm também um impacto econômico positivo para a cidade, segundo afirmaram os representantes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), sediada em Paris.


O novo rio cria uma imagem especial da Coréia, o que contribui para a promoção do país no mercado internacional e para a atração do capital estrangeiro, disseram, em outubro de 2005, os representantes da OECD, durante a sessão especial do Fórum Mundial de Prefeitos realizado em Seul. Um estudo feito pela organização afirma que o resultado [da restauração do Cheonggyecheon] foi um leito com águas claras e margens com áreas verdes com bastantes instalações culturais. “Mas, o que parece ser mais importante para nós, neste caso, é que o projeto implementado no Cheonggyecheon provê, de fato, Seul com bens muito fortes, sobre os quais cria sua estratégia de marcação de território”, acrescentou o porta-voz da OECD Kim Soo-jin.

A Administração Municipal de Seul irá, agora, construir sobre esta marca para aumentar o seu capital financeiro e humano, ao mesmo tempo em que promove a melhoria nas condições de vida no centro da cidade.


Entretanto, os representantes da OECD afirmaram que a Coréia enfrenta outros desafios antes de poder atrair mais investimentos estrangeiros, incluindo a superação do atual baixo nível de investimento estrangeiro direto, falta de zonas econômicas especializadas e o grande nível de congestionamentos.

O Fórum Mundial de Prefeitos foi, primeiramente, pensado para que coincidisse com a inauguração do Cheonggyecheon e teve como atração 700 prefeitos, vice-prefeitos, e outros representantes civis.


Os 5.8 quilômetros do leito do rio renasceram por conta da remoção do cimento que cobria seu curso, edificado como parte dos esforços de industrialização levados adiante pelo governo a cinqüenta anos. Um total de 22 pontes, tanto novas como replicas recém construídas também fizeram parte do projeto.

O prefeito se Seul, Lee Myung-bak, enfatizou que o fim último do projeto de restauração é fazer a cidade habitável para todos. "A restauração do meio-ambiente, da história e da cultura tem efeitos econômicos. A cidade se tornou habitável para estrangeiros e amigável para as empresas estrangeiras," disse Lee Myung-bak aos repórteres.


O prefeito afirmou ainda que deverá desenvolver a área do Cheonggyecheon como o Centro Financeiro do nordeste asiático, e complementou que anunciará um plano integrado para tal fim em novembro. O plano do prefeito é consoante à sugestão da OECD que a Coréia deveria ”conduzir uma imagem global da cidade como uma capital regional economicamente dinâmica e culturalmente vibrante, um local para se morar e se investir".


A OECD citou Nova Zelândia e Cingapura como exemplos de países que obtiveram êxitos na promoção integrada do turismo e dos negócios. Afirma ainda que o maior desafio da Coréia está por vir: se transformar num centro de negócios do nordeste asiático. A Coréia está, apenas, no vigésimo quarto lugar entre os países membros da OECD na proporção entre entrada de investimentos estrangeiros direto e o seu PIB.


Os enormes congestionamentos de Seul também afugentam os estrangeiros da cidade, evidenciado pela descoberta que Seul perde entre três e quatro porcento do seu PIB, devido ao tempo gasto pelas pessoas no trânsito. "Eu não sei qual meio de transporte nossos amigos coreanos aqui presentes utilizaram para chegar aqui hoje. Mas vocês provavelmente lembrarão das diversas horas que gastaram aqui em Seul, tentado chegar de um lugar ao outro”, disse o porta-voz da OECD, Kim.


O governo central tem tentado, há muito tempo, enfrentar a questão dos congestionamentos, e sob o mais recente e drástico plano, projeta a mudança da maioria das suas instalações para a região de Yeongi-Gongju, 150 quilômetros ao sul de Seul. Entretanto, 200 advogados e cidadãos entraram com uma petição na Corte Constitucional, em fase de análise, contra o projeto de lei de se construir uma nova cidade administrativa.


A medida chave tomada pelo Governo Metropolitano de Seul é a reforma do sistema metropolitano de transporte. Sob o reforço do sistema de transporte, implementado em julho de 2004, o governo aumentou os serviços de ônibus de acordo com as demandas das rotas e o tornou mais fácil e barato para os passageiros para transferências entre ônibus e metrô.


Outras medidas incluíam encorajar os motoristas a não se dirigirem ao trabalho de carro um dia por semana. Os benefícios aos participantes da campanha “Dia sem Dirigir” incluíam descontos nas tarifas dos estacionamentos e uma penalidade chamada “taxa de congestionamento”.

 

 

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