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Meio Ambiente

Aquecimento das cidades: Três boas soluções

Em dias quentes de verão, cidades podem alcançar até 10°F a mais do que seus subúrbios e áreas rurais próximas. Esse fenômeno ocorre porque o desenvolvimento urbano resulta em um alto grau de uso de pavimentos escuros em suas superfícies, que podem tanto ser rodovias, estacionamentos ou até mesmo telhados. Esses pavimentos de cor escura acabam por absorver o calor proveniente do sol muito mais do que o refletem, fazendo com que as temperaturas nas áreas metropolitanas subam consideravelmente. Cidades, durante o verão, podem chegar a estar 10°F mais quentes que suas regiões vizinhas.

Esse fenômeno é conhecido como Ilhas Urbanas de Calor, tendo seu efeito sentido nos âmbitos da saúde publica, qualidade do ar, demanda excessiva de energia e custos em infra-estrutura.

O aumento da temperatura do ar atmosférico intensifica o fenômeno de transformação do gás oxigênio em ozônio. Esse fato seria considerado até proveitoso, se ocorresse a uma maior altitude, já que esse gás é o responsável pela constituição da camada que nos protege dos raios ultravioleta. Quando isso ocorre ao nível da superfície terrestre, esse gás se torna um dos piores poluentes para a saúde do homem. Além disso, a concentração de ozônio aumenta a formação do fenômeno denominado Smog, atenuador de diversas doenças respiratórias, como é o caso da asma que ocorre com maior freqüência nas crianças. Um estudo realizado na cidade de Los Angeles estimou que o aumento da temperatura ambiente em 1°F durante o verão pode piorar a ocorrência de Smogs em quase 3%.

Altas temperaturas aumentam a demanda do uso de ar condicionado, elevando conseqüentemente também o uso de energia elétrica que já é excessivo. Um exemplo de como isso é importante é o fato de nos EUA, um sexto do total de eletricidade ser usado nos sistemas de refrigeração, custando aproximadamente 40 bilhões de dólares por ano para os cofres públicos norte-americanos.

3 maneiras simples de esfriar as cidades

Resfriamento das lajes e dos telhados:

Os telhados que usam materiais convencionais de cor escura refletem entre 10 e 20% da radiação que recebem diretamente do sol, convertendo o restante em calor que é absorvido pela edificação. Grande parte desse calor é transferido para o interior do prédio, aumentando muito a demanda por ar condicionados. Durante os meses do verão, telhados construídos com materiais convencionais podem chegar a ficar 60°F mais quentes do que os construídos com materiais alternativos.

Um telhado de cor esbranquiçado pode chegar a refletir até 80% da radiação solar. A economia de uso de energia para o resfriamento dos prédios pode chegar a 32% durante os picos de verão. É importante notar que os materiais metálicos não servem para essa função, que apesar de refletir a luminosidade, absorvem muito calor e acabam não resfriando os telhados.

Outra forma de diminuir a temperatura é plantando vegetação nas partes superiores dos prédios, fato que os resfria significantemente. Além de economias energéticas, essa medida aumenta a qualidade paisagística do edifício, com uma medida totalmente ecológica.

Existem diversas tipos de tecnologia, comumente utilizados pelas nações da Europa Ocidental, que permitirão a instalação de uma área de vegetação nas partes superiores dos prédios. Um bom exemplo está na iniciativa da cidade norte-americana de Chicago, que resolveu plantar um enorme jardim sobre o prédio principal da prefeitura. Vantagens econômicas já podem ser sentidas, com uma sensível redução nos gastos energéticos do prédio.

Resfriamento das ruas e áreas de estacionamento

Ruas e estacionamentos são responsáveis pela maioria das áreas superficiais pavimentadas de um centro urbano. A quase totalidade desses locais é construída utilizando asfalto escuro, fato que acaba por contribuir consideravelmente com o fenômeno do surgimento das Ilhas Urbanas de Calor. O asfalto escuro pode chegar a ficar 40°F mais quente do que as temperaturas do ambiente.

Para amenizar a ocorrência de tais fenômenos algumas ações podem ser desenvolvidas. Existe uma serie de materiais que podem substituir os utilizados nos dias de hoje, sendo que esses reduziriam muito a absorção de calor por parte das regiões pavimentadas.

Arborização da cidade

Muitos estudos confirmam um fato que já é de conhecimento geral a muito tempo. Árvores e áreas verdes ajudam muito no resfriamento das áreas metropolitanas, fazendo com que bairros que possuem uma grande quantidade de árvores adultas cheguem a medir 7°F menos que aqueles em suas proximidades sem cobertura vegetal alguma.

Plantar árvores em lugares estratégicos também ajuda, fazendo com que as sombras de suas copas diminuam ao máximo a incidência de luz sobre os edifícios à sua volta. Um estudo norte-americano realizado em Phoenix e em Sacramento descobriu que a existência de três árvores adultas ao redor de uma casa pode cortar os gastos em energia durante o verão em até 40%.

Políticas de arborização são efetivas em todas as regiões da cidade. A substituição de áreas pavimentadas por áreas verdes pode ser efetuada em diversos lugares de uma cidade, como em escolas, estacionamentos e praças em geral. Essa ação traria vantagens a todos que se utilizam das áreas publicas da cidade, proporcionando aos cidadãos locais muito mais agradáveis para o convívio da sociedade.

Texto extraído de: www.hotcities.org

 

 

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