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Transporte Sustentável

MELBOURNE TIRA AUTOMÓVEIS DO CENTRO DA CIDADE
Liz Minchin
1 de fevereiro, 2006

www.theage.com.au

Os automóveis serão retirados do centro de Melbourne para favorecer o transporte público e as bicicletas sob a diretriz de uma nova e radical estratégia que abandona os planos de fortunas-enterradas-nos-túneis e que sugere a diminuição dos limites de velocidade no centro.

Sob a estratégia desenvolvida pelo conselho municipal de Melbourne, os turistas serão encorajadas a abandonarem o vício de automóveis.

O prefeito John So concorda que a estratégia só funcionará se o governo estadual investir mais em transportes públicos e em alternativas ciclísticas. “o conselho não quer mais carros na cidade, mas reconhecemos que as pessoas precisam de alternativas melhores de transporte antes de abrirem mão das conveniências do automóvel”, afirma ele.

O conselho recuou do seu antigo interesse em uma conxão multibilionária entre estradas e trens, proposta pelo influente Comitê para Melbourne no ano passado, que deveria conectar a estrada leste com o anel rodoviário ocidental no Deer Park .

As propostas incluem várias mudanças dramáticas na política do conselho, incluindo:

¦ Diminuir os limites de velocidade na área central da cidade de 50 para 40 km/h para “reduzir os danos aos pedestres e a melhora da infra-estrutura de calçadas e ciclísticas”.

¦ Opor-se ao aumento dos acessos viários dos carros à cidade, argumentando que “uma maior a capacidade viária ameaçaria,a longo prazo, a viabilidade da cidade... (e que) quanto mais espaço é destinado aos carros, menos espaços há para pessoas”.

¦ Impedir qualquer remoção das paradas de bonde nas esquinas da cidade para que sejam construídos “superpontos” no meio dos quarteirões da cidade porque “a velocidade dos bondes não pode ser aumentada por estas medidas dada a necessidade de se parar em cada cruzamento” nos faróis de trânsito.

O relatório recomenda que o conselho use a sua autoridade sobre as ruas no CBD para que sejam implementadas faixas exclusivas para ônibus e bondes em diversas ruas, assim como alocar mais espaço para pedestres e ciclistas. A chefe do comitê de planejamento do comitê, Catherine Ng, diz: “gostem ou não, o automóvel não pode mais ser o rei em Melbourne”.

O conselho também está considerando um plano para incrementar o apoio ao transporte público oferecendo aos cidadãos desconto na passagem na troca por tickets de permissão de estacionamento [talvez possamos dizer “zona azul”], além de cupons de desconto para os consumidores.

A estratégia insiste na obrigação do governo estadual investir pesadamente na melhoria dos trens, bondes e rotas, incluindo aí o aprimoramento do anel rodoviário da cidade, bem como pressionar para que se instaure o pedágio em alguns horários, fora do horário de pico nas estradas para aumentar a demanda do horário de pico.

Uma média de 640.000 pessoas visitam a cidade a cada dia do fim-de-semana, número que deve subir para um milhão em 2014.

Quase metade destes visitantes viaja para Melbourne de carro.

A estratégia é baseada em meses de consultas aos grupos de pressão dos transportes e de negócios. A maior parte dos 232 requerimentos analisados foram sugestões para melhoria das ciclovias, dos transportes públicos e das calçadas de pedestres, que supera as reclamações sobre a política atual de favorecimento dos carros.


 

 

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