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Aula São Paulo 25 de maio de 2007

"Políticas Culturais e Indústrias Criativas: o caso de cidades britânicas "
por Chris Smith, Político, Professor e Presidente da Associação Cultural de Londres

Chris Smith é Professor de Cultura e Indústrias Criativas da University of the Arts London e Presidente da Associação Cultural de Londres. Foi ainda Ministro da Cultura, Mídia e Esportes do Reino Unido entre 1997 e 2001.

Em sua palestra dentro do projeto Aula São Paulo, Smith destaca que a cultura não deve ser apenas relacionada ao bem estar da população, pois sua relação com a economia é de extrema importância. Partindo desse pressuposto, as Indústrias Criativas surgem de iniciativas individuais. A partir disso, nota-se a necessidade de desenvolver políticas específicas que fomentem esse empreendedorismo criativo. Na experiência britânica, por exemplo, foi formada em Londres uma força-tarefa para estudar e impulsionar o crescimento dessa área de produção, iniciativa que envolveu não só políticos, mas também, pessoas diretamente envolvidas com a problemática, dentre eles designers, arquitetos, publicitários, entre outros.

Com o estudo quantitativo, ficou clara a força desse setor, já que as Indústrias Criativas representavam cerca de £125 bilhões ao ano para a economia britânica. Esse valor corresponde a quase 7%do PIB do Reino Unido, crescendo num ritmo duas vezes maior que o resto dos setores e empregando cerca de 1,2 milhões de pessoas.

Segundo Smith, nota-se ainda que esse fenômeno é ainda maior se considerarmos os grandes centros urbanos. Em Londres, por exemplo, a representatividade do setor dobra em relação ao valor nacional, chegando a incríveis 14% do PIB. A Indústria Criativa é, na capital inglesa, o segundo maior setor da economia, atrás somente do financeiro. No entanto, calcula-se que em cinco anos o setor criativo ultrapassará o financeiro, se tornando o mais importante da cidade.

O professor inglês explicita que o setor se torna ainda mais expressivo em cidades multiculturais como Londres e São Paulo, devido à soma de muitos fatores. A natureza vibrante da vida nos centros urbanos, entusiasma e alimenta a criatividade dos jovens; a diversidade da população que vive nesses centros potencializa as relações culturais, possibilitando o surgimento de soluções inusitadas. Outro fator de facilitação é a grande estrutura cultural presente nessas cidades.

Chris Smith finaliza sua palestra lembrando que o setor criativo é caótico e, portanto, tentar impor regras a seus membros não funciona. O espírito de renovação, de criação, depende de uma certa sensação de caos. Desse modo, deve-se encorajar o crescimento, mas nunca impor condições para este – a Indústria Criativa tem suas próprias asas, só é preciso incentivá-la a voar.

Em breve estará disponível a palestra na íntegra

O palestrante não utilizou apresentação digital.

 

 

 

 

 

 

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