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Políticas Culturais

Madri- LIBROS A LA CALLE (Livros à Rua)

Paraderos paralibros paraparques

Esta peculiar Campanha “Libros a la calle” foi impulsionada pela Associação de Editores e Livreiros de Madri e cumpre já sua nova edição. O objetivo é bem simples: levar o livro ao cenário que milhares de madrileños visitam a cada dia: o Metrô, os ônibus ou os trens de subúrbios. Pequenos painéis ocupam o pouco espaço disponível nos veículos e, com suas chamativas ilustrações, atraem a atenção dos passageiros. Todos os gêneros têm espaço: novela, poesia, ensaios, textos científicos, divulgação e sempre algo dedicado às crianças. A prosa dificilmente permite reproduzir em tão pouco espaço um relato completo; o caso de Alfonso Reyes é uma bela exceção; mas, no geral, o texto se interrompe sem concluir, são apenas as linhas iniciais de um capítulo de um livro volumoso; isto permite intrigar o leitor, que, se quiser continuar sua leitura, deve ir à livraria ou à biblioteca. A poesia é um caso especial, tem freqüentemente o privilégio de não ser recortada, os poemas breves aparecem completos; ainda que nem sempre seja assim, as Nanas de la cebolla de Miguel Hernández, como algum outro, teve que ser recortado. De uma ou outra maneira cumprimos nosso propósito quando o passageiro volta a folhar seu livro, repassa os versos abandonados em sua memória, ou adquire para o amigo esse livro de poemas que contém aquele de que tanto gostou no ônibus. E enquanto isso temos enchido o Metrô de poesia.

Os textos selecionados são os seguintes:

– Angel González: A todo amor
– Alfonso Reyes: El Veredicto
– Carmen Laforet: Nada
– Eduardo Galeano: Mitos de Memoria del fuego
– Elías Olmos Canalda: Los refranes del Quijote
– Guillermo Cabrera Infante: La Habana para un Infante Difunto
– Ignacio Martínez de Pisón: Carreteras Secundarias
– Jaime Gil de Biedma: Vals del Aniversario
– José Luis García Remiro: Llevarse el gato al agua
– Josep Pla: El Cuaderno Gris
– Luis Mateo Díez: El Reino de Celama
– Luis Vélez de Guevara: El Diablo Cojuelo
– Miguel Hernández: Nanas de la cebolla
– Rafael Sánchez Ferlosio: El Geco
– Rubén Darío: Margarita

Devemos recordar e agradecer uma vez mais o apoio de aquelas entidades sem cujo patrocínio não seria possível esta Campanha: o Ministério de Cultura, a Comunidade de Madri, a Prefeitura, a Empresa Municipal de Transportes, o Metrô, Trens de Subúrbios de RENFE, o Consórcio de Transportes e CEDRO.


LIBROS A LA CALLE

Se algo caracteriza a leitura é sua facilidade para pôr em prática: pode-se ler em qualquer lugar e em qualquer momento. “Libros a la calle” nasceu com o propósito de acercar os livros, facilitar o acesso do cidadão fora do que se considerava o entorno habitual da leitura: o lar, a biblioteca, o colégio. A estas alturas, seria difícil manter que os transportes públicos que empregamos para nos deslocarmos diariamente ao trabalho ou a outro destino não seja um lugar ideal de leitura. Basta entrar no Metrô para comprovar quantas pessoas aproveitam esse espaço de tempo para ler um livro. Nesse entorno é onde se desenvolve a campanha “Libros a la calle”, que este ano alcançou sua nona edição: fragmentos de textos literários, de muita diversa índole mas de grande qualidade, expostos dentro dos vagões do Metrô, dos trens de subúrbios RENFE e nos ônibus da EMT de Madri, que convidaram a prosseguir sua leitura.

O êxito desta iniciativa é inquestionável. De fato, me atreveria a dizer que para os cidadãos da Comunidade de Madri os textos expostos nos transportes públicos já formam parte do “mobiliário” dos mesmos, não se percebe como algo imposto que desaparecerá em alguns dias, tapado pela seguinte campanha.

Este ano, seguindo a tônica habitual, foram escolhidas obras e autores muito diversos, reunidos por sua excelência: De La Habana para un Infante Difunto de Guillermo Cabrera Infante a Nada de Carmen Laforet; de El Geco de Rafael Sánchez Ferlosio a El Diablo Cojuelo de Luis Vélez de Guevara; de Vals del Aniversario de Jaime Gil de Biedma a Margarita de Rubén Darío e assim outros mais… Enfim, animo a descobrir a todos os autores e obras cujos textos aparecem pegados, instigantes, nos vagões de trem e Metrô e nos ônibus.

“Libros a la calle” foi impulsionado pelo Grêmio de Editores de Madri, mas em seu desenvolvimento conseguiu unir diversas instâncias, públicas e privadas. Além dos editores, o Grêmio de Livreiros de Madri e Cedro (Centro Espanhol de Direitos Reprográficos) colaboram desde o âmbito privado; o Ministério de Cultura, a Prefeitura de Madri e, evidentemente, a Comunidade de Madri, desde o público. E este é outro fator de seu êxito.

A Comunidade de Madri considera como um de seus objetivos prioritários a difusão do hábito leitor entre os cidadãos. Nesta tarefa considera imprescindível a colaboração de todos os que trabalham, desde muitos diversos âmbitos, com a promoção da leitura. “Libros a la calle” é uma campanha que apóia sem reservas a Comunidade de Madri, por responder plenamente ao tipo de iniciativas que promove a Secretaria de Cultura e Esportes dentro do Plano Regional de Fomento da Leitura: iniciativas que chegam, realmente, a todos os cidadãos e iniciativas que sejam produto da colaboração de distintas entidades. Repetimos: não há lugares melhores que outros para ler: ponhamos os meios para que os cidadãos possam exercitar seu direito à leitura onde preferirem.

Álvaro Ballarín Valcárcel
Director General de Archivos, Museos y Bibliotecas
Consejería de Cultura y Deportes
Comunidad de Madrid
LIBROS A LA CALLE

LIBROS A LA CALLE

A nona edição da Campanha “Libros a la Calle” é um exemplo muito especial do esforço conjunto e continuado do setor do Livro e das Administrações Públicas para a promoção da leitura, de uma forma original e próxima ao cidadão. Faz anos que a presença dos livros em um contexto cotidiano para os cidadãos, como é o transporte publico, há sido possível graças aos Grêmios de Editores e Livreiros de Madri, com o apoio da Prefeitura e da Comunidade de Madri e do Ministério da Cultura. A colaboração da Empresa Municipal de Transportes, Metrô de Madri, Cercanías de RENFE e do Consórcio de Transportes, é essencial para que os livros saiam ao encontro do cidadão.

A Campanha Livros à Rua continua sendo um projeto proeminente do Plano de Fomento da Leitura. O Plano, sem desmerecer a ação direta do próprio Ministério, tem um de seus eixos fundamentais na colaboração do conjunto do setor de livros com outras instituições e entidades públicas e privadas. Graças a essa colaboração, dados foram reunidos e estudos foram elaborados que permitem tomar ações mais propícias para o fomento da leitura, e assim diversas ações foram colocadas em prática. O Plano se amplia, é para todos, e sendo Madri uma cidade de encontro entre culturas, os imigrantes estão sendo sujeitos e partes ativas do mesmo. Uma análise dos dados recebidos revela que os frutos do esforço pelo fomento da leitura começam a notar-se sensivelmente, pois, em 2004, se produziu um aumento do número de leitores, acima do número de não leitores, e se chegou a superar em 55% o número de leitores freqüentes e ocasionais.

O impacto positivo de “Libros a la Calle”, ano após ano, me leva a felicitar aos impulsores da Campanha, editores e livreiros de Madri, e a todos os que têm dedicado seu trabalho a fazer possível e a esperar que este projeto madrileño seja exportado em breve a outras cidades espanholas, pois os resultados animam, mostrando que vale a pena o esforço.

Rogelio Blanco Martínez
Diretor Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas
Ministério de Cultura- Espanha

 

 

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