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Políticas Culturais

TORONTO, A CIDADE CRIATIVA

Sumário Executivo

Em maio de 2000, o Conselho da Cidade de Toronto elaborou este Plano Cultural para ajudar o desenvolvimento cultural da cidade pelos dez anos subseqüentes. O Conselho recebeu os documentos preliminares - A Cidade Criativa: um plano de trabalho – como um esqueleto para discussão. Era a idéia para que Toronto usasse seus bens artísticos, culturais e seu legado para se afirmar como Cidade Criativa, uma capital cultural global. O Conselho avaliava o crescimento da compreensão entre os economistas que, além de ser fundamental para a nossa qualidade de vida, o patrimônio artístico e cultural era o centro vital para a expansão econômica de Toronto. O Plano Cultural para a Cidade Criativa foi adaptado pelo Conselho da Cidade de Toronto na sua reunião de junho de 2003.

O Plano Cultural reconhece que as grandes cidades do mundo são todas Cidades Criativas nas quais os cidadãos trabalham com idéias, são intensamente adaptáveis e requerem insistentemente uma boa qualidade de vida, onde quer que escolham morar. Estas cidades e seus cidadãos têm um gigantesco impacto nas economias de seus paises e competem diretamente entre si por comércio, investimentos e, mais que tudo, por talentos. Toronto já é uma Cidade Criativa: seus competidores são as maiores metrópoles como Chicago, Milão, Barcelona, Montreal e São Francisco. Estas cidades têm perfis semelhantes: grande diversidade cultural, alto percentual de adultos com educação além do nível secundário e grande proporção de sua atividade econômica na indústria do conhecimento.

Cidades Criativas são também cidades que oferecem aos seus habitantes uma alta qualidade de vida, que os habitantes de Toronto definem como essencialmente cultural: excelentes instituições educacionais e artísticas, vida urbana vibrante, diversidade intelectual e étnico-cultural. Esta visão dos moradores de Toronto é ecoada, reverberada, por aqueles de outras cidades que trabalham com idéias, e é esse tipo de pessoa que Toronto quer atrair.

O Plano Cultural demonstra que os bens artísticos e culturais são essenciais para o futuro econômico de Toronto bem como para a sua qualidade de vida, e que seus competidores já estão se movendo nessas frentes. Este plano ressalta as fraquezas e também os pontos fortes da cidade e propõe medidas para melhorar seus bens e reverter as suas dificuldades.

Cultura é, já, um grande motor econômico. Existem mais de 190.000 empregos na área em Toronto, e esta indústria cultural produz cerca de 9 bilhões de dólares de PIB a cada ano. Toronto é o terceiro maior mercado cinematográfico das cidades anglófonas e a terceira em produções televisivas e cinematográficas na América do Norte. É um excelente local para shows e tem uma atuante indústria fonográfica. Toronto é também memorável no mercado editorial e nos festivais literários, e suas instituições dedicadas à arte, à ópera, ao balé e à música sinfônica são amplamente reconhecidas. A Prefeitura detém trinta por cento das instalações culturais de Toronto, e investiu em muitas outras, mantendo uma grande influência na área. Ela tem as ferramentas para moldar a vida cultural de Toronto.

O Plano Cultural definiu 63 recomendações que, junto com parcerias inteligentes com outros níveis do governo e patrocinadores particulares, permitirá Toronto perceber seu potencial como Cidade Criativa – uma cidade que seus habitantes tem prazer de chamar de lar, uma cidade que atrai a atenção do mundo inteiro.

Em maio de 2002, os governos federal e da província anunciaram a soma de 233 milhões para sete importantes projetos apelidados de Renascimento Cultural de Toronto (Toronto’s Cultural Renaissance). Estes projetos foram multiplicados pelos planos anunciados em abril de 2003, para um novo local para o Festival Internacional de Filmes de Toronto, nas ruas King e John. Estes ícones da regeneração urbana através da cultura poderão lançar uma renovação cultural do orgulho cívico. Ligando as sete mais importantes instituições culturais que se estendem pela University Avenue à Avenida das Artes (Avenue of the Arts) e promovendo 2006 como o Ano da Criatividade, Toronto pode aproveitar o momento criado per estes importantes projetos culturais.

O Plano Cultural mostra como podem ser feitos alguns bons movimentos

• Desenvolvendo o espetacular Corredor Cultural, uma Avenida das Artes, pela University Avenue, conectando os projetos de Renascimento Cultural desde a Opera House até o Royal Ontario Museum.
• Construindo um novo e significante local cultural, um local no qual toda a diversa história de Toronto possa ser contada.
• Tornando a cidade mais bonita entregando um por cento do orçamento para a arte de desenvolvimento privado e público.
• Preservando e promovendo nossos mais importantes prédios históricos.
• Aumentando a participação em eventos culturais dos habitantes em todas as partes da cidade

Construir a Cidade Criativa requer muito mais que apenas dinheiro. Mas para se ter sucesso há que reinvestir num patamar que ao menos reverta o que se tornou um notório declínio. O aperto financeiro trazido pela apropriação das responsabilidades que eram do governo da província, junto com a dependência da Prefeitura dos impostos urbanos, teve um grande impacto na capacidade de Toronto investir estrategicamente em inovação e criatividade.

As contribuições per capita da Prefeitura para as artes, cultura e patrimônio (incluindo tanto capital operacional quanto gastos) alcançam $ 14.65, ou cerca de 6.5 passagens de metrô. Nossos competidores ns deixam no chão: Vancouver gasta $17.71, Chicago gasta $ 21.95, Montreal $ 26.62 e São Francisco $ 86.01. Estas cidades competidoras têm um leque de ferramentas financeiras disponíveis. Sem o acesso a financiamentos alternativos, Toronto está competindo com suas mãos amarradas. Para voltar ao jogo, o Plano Cultural recomenda que Toronto alveje alcançar o nível de gastos de Montreal.

Um aumento de gastos de dois dólares por pessoa por ano por cinco anos, numa cidade de 2.5 milhões de habitantes, nos levará para em torno de $ 25 per capita, num mesmo patamar de Chicago e Montreal hoje. Em cinco anos, com o aumento de 25 milhões no orçamento, poderemos estabilizar o financiamento das nossas renomadas instituições culturais, aumentando o apoio aos nossos artistas e grupos artísticos fundamentais, e reabilitar os instrumentos existentes. Podemos abrir novas possibilidades e fazer Toronto competitiva como capital cultural internacional.

Cada dólar investido (direta e indiretamente) pela Prefeitura em atividades culturais gera 3.2 dólares em atividade econômica. Logo, o investimento adicional de $25 milhões de Toronto no seu setor cultural gerará $80 milhões em novas atividades econômicas a cada ano. Porém, sem a entrada de novos recursos neste sistema, o que deveria ser um círculo virtuoso entre arte, cultura, patrimônio e economia irá mais parecer um espiral negativo. Em qualquer dos casos, em dez anos o impacto sobre a economia de Toronto será imenso.

O Plano Cultural propõe várias medidas que poderiam alcançar os fundos necessários para realizá-los. A Prefeitura poderia advogar: ao governo da província, a necessidade de se permitir uma cobrança ao visitante e de criar novas Zonas de Incentivo Tributário; ao governo federal, a necessidade de recebimento de créditos tributário; a ambos os governos, a necessidade de se reinvestir uma parte do PST e GST coletadas nos ingressos para “Locais de Entretenimento” (como estádios, boates e exposições). O Plano Cultural também enfoca medidas que a Prefeitura pode discricionariamente tomar, incluindo o desenvolvimento de projetos que tragam benefícios à comunidades sob a seção 37 do Planning Act, venda de propriedades supérfluas, aumento dos preços dos ingressos e Planos de Melhoria da Comunidade. Estas medidas podem arrecadar milhões para investimentos estratégicos em artes, culturas e patrimônio.

Tomadas em conjunto, as recomendações do Plano Cultural para a Cidade Criativa porá o setor cultural de Toronto em aceleração, para o benefício da economia e da qualidade de vida da cidade, da província e do país.

Princípios

O Conselho Municipal reconhece que a cultura tem um papel essencial na construção e na manutenção da comunidade urbana que é sócio e economicamente saudável.

Os programas culturais da Prefeitura promoverão a inclusão e celebrarão a diversidade cultural.

Os habitantes de Toronto e seus visitantes deverão ter oportunidades acessíveis e convenientes para participar na vida cultural da cidade.

O Conselho Municipal desempenhará a liderança para assegurar-se que Toronto tenha uma vida cultural vibrante, ativa e forte.

Um Plano para todas estações

Em primeiro de janeiro de 1998, Metropolitan Toronto, Toronto, York, Etobicoke, Esta York, North York and Scarborough fundiram-se. Com 2,5 milhões de pessoas sob um governo (um colégio eleitoral maior que Nova Scotia, New Brunswick, Prince Edward and Newfoundland juntas), Toronto entrou na lista das cidades globais.

Em um mundo globalizado, grandes metrópoles são os maiores motores do crescimento econômico. As cidades e suas incandescências oferecem experiências magnéticas. A economia de Toronto produz mais de 20 por cento do PIB de Ontário. Uma boa parte desta riqueza é produzida por pessoas que trabalham com idéias, e estudos mostram que estas pessoas preferem viver e trabalhar onde elas podem achar uma cena cultural vibrante. Na verdade, a cultura em Toronto é o dínamo que faz girar o maior motor econômico do país.

Tinta anos atrás, durante um dos momentos mais dinâmicos no pensamento urbano de Toronto, os cidadãos e os funcionários municipais esforçaram-se em manter o centro de Toronto em uma escala humana e habitável. Eles criaram o Plano Oficial concebido para prevenir o esvaziamento do centro que deixou devastação no coração das maiores cidades norte-americanas. Era quase inimaginável então que a vida cultural de Toronto viesse a ser vital para a economia do país inteiro, e que a cultura viesse a significar mais que Balé, ópera ou teatros.

Naqueles dias a população da cidade incluía minorias da Europa central do sul. Agora vêm pessoas de todos os continentes para Toronto, emanando suas esperanças, sonhos e energias criativas em mais de 100 línguas. Toronto transformou-se de uma capital provinciana em uma das cidades mais cosmopolitas do mundo.

Em novembro de 2002, o Conselho adaptou o novo Plano Oficial estabelecendo as regras para o crescimento e desenvolvimento para os próximos trinta anos. O novo Plano Oficial foca em como Toronto lidará com milhares de imigrantes que chegarão aqui nas próximas décadas. Este fluxo de pessoas vindas de outros lugares nos empurrará para a vanguarda das cidades globais, onde a riqueza do futuro será construída.

O Plano Oficial deixa claro que a arte, a cultura e o legado desempenharão muito mais que um papel coadjuvante na “intensificação” de Toronto. A Arte, cultura e legado de Toronto ajudarão a atrair os imigrantes educados e adaptáveis [mobile] que nós queremos, mantendo nossos melhores e mais brilhantes em casa e fazer nossa economia entre as mais fortes de qualquer lugar. Artes, cultura e legado serão o coração e a alma de Toronto no futuro.

Imaginando a Cidade Criativa

Em fevereiro de 2000 o Conselho incumbiu a nova Divisão Cultural para que desenvolvesse um Plano Cultural que guiasse o desenvolvimento cultural de Toronto pelos dez anos seguintes. Pediu-se aos funcionários que fizesse este Plano Cultural consoante com o Plano Estratégico do Conselho, a sua Estratégia de Desenvolvimento Econômico a o novo Plano Oficial. O Conselho apontou duas metas chaves para o Plano Cultural: Colocar Toronto como uma capital cultural internacional, e definir o papel da cultura como o centro do desenvolvimento econômico e social da cidade.

O Conselho criou um Comitê Diretivo composto de Conselheiros municipais e de notáveis em arte, cultura e patrimônio, para que guiasse e acompanhasse os trabalhos. Depois de um período de pesquisa, os funcionários produziram um esquema de discussão apresentado como um relatório, A Cidade Criativa: um plano de trabalho, que foi submetido ao Conselho Municipal em abril de 2001. A Divisão Cultural conduziu quatro reuniões públicas pela cidade e organizou 17 grupos centrais compostos por várias pessoas interessadas neste processo. Mais de 700 pessoas compareceram a estas reuniões. O resultado foi este Plano Cultural para a Cidade Criativa, que foi adotado pelo Conselho Municipal na sua reunião de junho de 2003.

Foi um memorável acordo na abrangente história: Toronto está na ante-sala de uma grande mudança no seu status no mundo globalizado. Toronto já é uma das comunidades mais culturalmente abertas e das mais educadas no planeta: aproximadamente 44% da nossa população adulta completou os estudos em um nível além do secundário. Esta combinação de um alto desempenho educacional e uma grande diversidade étnico-cultural é única no mundo. Nosso setor cultural tem crescido assim como nossa população tem mudado: ele agora é responsável por mais de 190.000 empregos nesta cidade, empregando 14% da força de trabalho da cidade. A indústria cultural de Toronto, tais como produções da TV e Cinema, animações, editoras, gravadoras e de publicidade, acrescenta cerca de 9 bilhões de dólares por ano no PIB do país. Mais de 35% de todos os trabalhadores da indústria cultural de Ontário vivem em Toronto. Em outras palavras, nós já demos grandes passos na direção de virarmos o tipo de lugar que queremos ser.

E que tipo é este? A Cidade Criativa. Nossas pesquisas e estudos confirmam repetidamente que Cidades Criativas dirigem a economia mundial. Cidades Criativas são centros urbanos densos cujas economias são dominadas por idéias, e por pessoas que trazem novas idéias à vida. Nós costumávamos pensar em Londres, Nova York, Roma e São Francisco como locais que estariam num plano diferente de Toronto. Mas agora Toronto é bem parecida com estas cidades que nós invejávamos. Estas cidades trabalham com suas mentes. Suas populações mostram uma potente mistura de educação alta e diversidade cultural. Mas nenhuma delas pode invocar a combinação de níveis alto de educação e de diversidade dos moradores de Toronto.

Somente cidades da mesma região, outrora, disputavam o domínio econômico tentando atrair, uma das outras, as grandes indústrias e os escritórios centrais de companhias de serviços como bancos e empresas de seguro. Agora o campo de batalha se expande da Europa a Ásia, de Seul a Londres, e a competição é muito mais pelas pessoas do que pelas empresas.

Pessoas talentosas são o verdadeiro capital de todas as Cidades Criativas. Uma vez a maioria dos moradores de Toronto trabalharam com as mãos; agora mais de 36% dos trabalhadores daqui se sustentam na indústria de conhecimento como televisiva e cinematográfica, editorial, tecnologia da informação, pesquisas biomédicas, educação e da nova mídia. Na verdade Toronto ocupa o primeiro lugar na pesquisa biomédica na América do Norte.

Toronto é o terceiro maior mercado de artes cênicas de língua inglesa, atrás de Londres e Nova York. Por causa dos esforços de grande produtores como Mirvish Productions e centenas de teatros sem fins lucrativos onde performers, autores de teatro, diretores, coreógrafos, designers e equipes fazem suas mágicas, quase dois milhões de adultos vão ao teatro em um ano. Toronto é, também, a terceira maior em produções televisivas e cinematográficas da América do Norte. Com 160 locais que exibem DJs, músicos e comediantes, estrelas em ascensão ouvidas no mundo todo, e a nossa força no teatro, a cena musical, teatral e humorística de Toronto está, com toda certeza, entre as melhores na América do Norte.

Nós, muitos de nós, vamos ao cinema, ao zoológico e aos museus, multidões maiores das que freqüentam os eventos esportivos. Através dos anos nós nos aglomeramos em centenas de milhares para curtir um Festival Literário chamado Palavra nas Ruas (Word on the Street) (mais de 150.000 compareceram, apenas em 2001). Em 2002, o Festival Internacional de Cinema de Toronto injetou mais de 67 milhões na economia local.

Há um tipo de ecossistema que conecta a arte e a cultura sem fins lucrativos com aquelas de caráter comercial: o treinamento e a alimentação dos talentos começa pelas formas sem fins lucrativos que, posteriormente, vão para o setor comercial, porém muitos talentos ficam indo-e-vindo entre estes dois setores ao longo de suas carreiras. Se Toronto tomarço rumo certo, a porcentagem da nossa força de trabalho locada nas idéias aumentará nos próximos vinte anos, assim como muitas das nossas indústrias tradicionais estão se definhando.

O economista norte-americano Richard Florida e seus colegas acharam uma correlação entre a esfera criativa de uma cidade e a sua competitividade econômica; eles chamam esta de Índice de Criatividade. Cidades que oferecem uma alta qualidade de vida e que favorece a diversidade se beneficiam dos maiores sucessos na atração e manutenção de talentos, assim como vislumbram excelentes crescimentos dos seus setores tecnológicos. Um estudo recente de Florida, Maric Gertler e outros, para o Ministério de Empreendedorismo, Oportunidade e Inovação confirma que as cidades canadenses vibrantes e diversificadas atraem trabalhadores qualificados mais facilmente que as cidades com perfis diferentes. Este estudo conclui que arte, cultura, diversidade étnica e abertura cultural, agem como imãs que atraem indústrias de alta tecnologia e estimulam o crescimento econômico. Resumindo: Uma cultura vigorosa e uma economia idem, formam uma equação.

Mas estamos também experimentando os problemas do crescimento. A nossa capacidade de aproveitamento da nossa valiosa cultura é inibida por nossa inabilidade em captar dinheiro suficiente para manter abastecida as nossas renomadas instituições culturais. Podemos estar muito orgulhosos do que alcançamos, mas precisamos estar muito atentos caso consigamos continuar crescendo. Nossos competidores estão na nossa cola. Eles gastam mais e tem um mercado mais numeroso. Eles transbordaram seus setores culturais com investimentos e estão dizendo para quem quiser ouvir para que parem de investir. Os turistas que deveriam vir aqui para ver o que Toronto pode oferecer estão indo para as cidades concorrentes que aceleraram o passo. Tudo que investimos na criação das nossas excelentes instituições culturais, tão boas como quaisquer outras no mundo, pode se tornar em vão.

Em um mundo globalizado, somente as cidades com um forte e peculiar sentido de lugar irá ter sucesso e permanecer. Nosso legado cultural e patrimonial criam este sentimento de pertença. Não é surpresa que a qualidade de vida é a primeira preocupação dos habitantes de Toronto, mas é interessante que sete dos onze indicadores de qualidade de vida identificados pelos moradores daqui são relacionados com arte, cultura e patrimônio. O que eles querem para si e para seus filhos são oportunidades artísticas e diversidade cultural; serviços culturais e instituições públicas de alta qualidade; um lugar de vanguarda no mundo das idéias; uma rica vida do entorno; ruas interessantes e espaços públicos vitais; e construções inspiradoras.

Não é coincidência que este mesma preocupação com a qualidade de vida, e idéias parecidas sobre o que seria esta, pode ser encontrada em qualquer lugar entre aqueles que os acadêmicos agora chama de “classe criativa global”, pessoas em todos os países que vivem do seu conhecimento, estas pessoas que queremos, mesmo, atrair. Em outras palavras, com o intuito de mantermos nosso melhor em casa e atrair seus pares de outras partes do mundo para visitar-nos ou para aqui morarem, temos que nos tornarmos mais intensamente Toronto e menos qualquer outro lugar.

Sabemos que nossa diversidade cultural é a nossa maior força. Sabemos que a cultura enriquece a qualidade de vida do cotidiano de nossos moradores e desempenha um papel fundamental no olhar e no sentir a cidade. Nós também reconhecemos que qualquer que seja o plano que elaboremos, deve primeiro apoiar e melhorar o cotidiano de trabalho das pessoas criativas que estão no coração da experiência cultural de Toronto.

Temos diversas ferramentas para trabalharmos. O Governo Municipal é uma importante peça na vida cultural de Toronto. A Prefeitura tem importantes bens patrimoniais, ela inicia vários programas e pode influencia um número muito maior deles. O apoio da Prefeitura aos eventos e organizações culturais normalmente encoraja outros a participarem: cada dólar que a Prefeitura investe é mais que igualado por outras instâncias governamentais e por doadores particulares. A Prefeitura faz doações a artistas e organizações artísticas, possui instalações que são utilizadas por muitas instituições culturais sem fins lucrativos, e apóia muitas outras. A Prefeitura estabelece as regras de como podem ser usados os espaços públicos, tem uma grande coleção pública de arte e artefatos e tem preservado a vizinhança e conservado os distritos que refletem o passado de Toronto.

Toronto tem camadas de história e de pré-história embaixo de suas ruas esperando para serem redescobertas, e histórias para contar que são incrivelmente únicas: ela também tem os meios de fazê-las conhecidas. Tomada todas estas características juntas, a cidade tem poderes notáveis para trazer a Cidade Criativa para o foco.

Indo em Frente

Toronto nutre sua cena criativa de diversas maneiras. A Prefeitura faz com que os importantes assuntos culturais sejam reconhecidos e discutidos; A Prefeitura organiza fóruns públicos para que as pessoas se encontrem e troquem idéias; ela também prover um vital apoio às industrias culturais por meio do Escritório de Televisão e Filme de Toronto, Centro Liberty Village da Nova Mídia e o Prêmio Literário Municipal de Toronto. A Divisão Cultural trabalha com a, recentemente criada, Divisão Turística para se assegurar que as marcas culturais de Toronto estejam presentes no mundo como os melhores chamarizes de Toronto. A Prefeitura vende a identidade cívica que todas as nossa instituições artísticas e culturais podem usar em vantagens próprias. Em outras palavras, a Prefeitura age em defesa da arte e dos artistas: e mais que tudo, a Prefeitura os ajuda a fazerem barulho.

Esta defesa é de interesse de todos. A comunidade cultural de Toronto mereceu seu caminho, trazendo bilhões de dólares e 190.000 empregos para Toronto com o passar dos anos. Mas outras cidades estão ficando mais agressivas e estratégicas na tentativa de fisgar nossos trabalhadores culturais, e estão fazendo um trabalho melhor que Toronto quando se vendem como o lugar para se estar. Uma pesquisa recente do Statistics Canada mostrou que 56% dos turistas norte-americanos incluíram algum componente cultural nas suas viagens mais recentes. Mas eles não estão se dirigindo para cá: um estudo de um importante banco mostrou que as ofertas culturais de Toronto são vistas por muitos como “velhas e cansativas”. O relatório deste maio de 2002 mostrou que Toronto é a única grande cidade na América do Norte que teve um declínio no turismo desde 1996. Um outro estudo estima que Toronto perdeu cerca de 750 milhões de dólares por ano em gastos de turistas que se dirigiram a outros locais.

O marketing é uma forma de divulgação que não podemos deixar que escorregue. Outras cidades canadenses têm feito um trabalho muito melhor em se divulgar. Vancouver, que tem uma população muito menor, gastou 10.1 milhões por ano; Montreal gastou 17.8 milhões. Toronto despendeu apenas 9.3 milhões por ano no marketing turístico.

A orientação da Divisão Cultural para este plano levantou três importantes temas para apoio futuro, que pode ajudar a melhorar nossa posição competitiva como Cidade Criativa durante a próxima década.

 

 

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