CONCURSO "CONTO EM MOVIMENTO": BOGOTÁ

O concurso “Conto em Movimento” foi convocado pela Transmilênio e o Instituto Distrital de Cultura e Turismo em outubro de 2004, como boas-vindas à campanha de promoção de leitura Livro ao Vento, que entrou no sistema com três provedores de livros para oferecê-los na forma de empréstimo aos passageiros.

Mais de cem aspirantes concorreram ao chamado, cujas bases estabeleciam que o relato deveria passar-se em Bogotá, ter no máximo 2500 palavras, ser inédito e escrito por um só autor com mais de 17 anos e de nacionalidade colombiana.

Além da publicação, o ganhador obteve 2 milhões de pesos; os autores das 9 menções, 250 mil pesos cada um.

La Paga, de Héctor Manuel Hoyos, que ganhou o prêmio “Conto em Movimento”, e os outros nove que obtiveram menções constituem a antologia “Contos em Bogotá”, novo título da coleção Livro ao Vento, que entra em circulação em maio.

Ao referir-se à fatura espontânea e sem pretensões dos relatos que constituem o livro, Eduardo Arias, que com Luz Mary Giraldo e Mario Jursich integrou o júri, fala de “um apanhado honesto e transparente da cidade de Bogotá na primeira década do século XXI”.

“Escrevo sobre a cidade porque creio que uma missão da literatura é fazer com que, na mente, possamos combinar e recombinar pedaços da cidade como quem faz quebra-cabeças ou como quem constrói com escombros” comentou Hoyos. Ele compara a escritura com a arquitetura e diz que o prêmio “Atila”, que é dado ao edifício mais feio e arquitetonicamente disfuncional deveria ser estendido à literatura sobre a cidade. Há muito já escrito - porém poucos bons textos - mas ainda falta muito para ser dito sobre Bogotá.

Hoyos, 27 anos, cursa um doutorado em Literatura Hispano-americana na Universidade de Cornell, Estado Unidos, e estudou Filosofia e Literatura na Universidade dos Andes, de Bogotá, onde publicou o estudo ‘Bogotá em sua narrativa: a fragmentação como lugar literário’.

Estas nove menções correspondem a Um par de zapatos, de Guillermo Pulido Mosquera; Un cebú susurrándome al oído, de Mauricio Ramírez Castro; Hay que darle circo al pueblo, de Juana Hianaly Galeano; Walk Man, de Bernardo Páez Acero; En la vía hay un trancón de Miguel Mendoza Luna; Golpes porque sí, de Alexander Ramírez Castro; Bifurcaciones, de Juliana Baquero Vargas; El sistema, de Juan Carlos Soto Castillo, e El hombre de la silla azul, de Álvaro Guillermo Reyes Parada.