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Diretor-executivo da ONU-Habitat, Joan Clos, aponta crise na urbanizaÇÃo mundial

 
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26/06/2012  

 

A urbanização está em crise, seja nos países desenvolvidos, seja no mundo em desenvolvimento. Os primeiros, pelo esgotamento do modelo atual de urbanização – “as cidades deixaram de ser sustentáveis” –, enquanto os demais não conseguem planejar o desenvolvimento urbano na mesma velocidade com que as cidades crescem. O diagnóstico é do diretor-executivo da ONU-Habitat (www.onuhabitat.org), Joan Clos, que ministrou ontem (25/06) a Aula São Paulo sobre “Um novo modelo de cidade: prosperidade, equidade e sustentabilidade”.

Para ele, é necessário mudar o modelo de urbanização atual, ainda focado em métodos e tecnologias do pós-guerra, com foco nos automóveis e na baixa densidade das cidades. Hoje, com o alto preço dos combustíveis, isso não é mais possível, exigindo modelos alternativos baseados em energia limpa e barata, entre outros desafios.

Construir prédios e mais prédios em detrimento dos espaços públicos, embora pareça exitoso, é um equívoco que hoje permeia o mundo urbanizado, especialmente os países em desenvolvimento, alerta Joan Clos. O resultado dessa equação é o colapso urbano que vivemos, condenando as pessoas a um eterno desconforto e descontentamento – quando deveria ser o contrário.

A tese de Joan Clos envolveu a plateia em um debate animado, que contou com a mediação dos arquitetos e urbanistas Regina Meyer e Carlos Leite. O evento foi aberto pelo presidente da Emplasa, Renato Viégas, e contou a participação do secretário estadual de Habitação, Sílvio Torres, e do deputado federal Edson Aparecido, atualmente licenciado da pasta de Desenvolvimento Metropolitano, que salientou o compromisso do Governo do Estado de São Paulo com o desenvolvimento metropolitano e a disposição de fortalecer o debate e a troca de experiências com outras metrópoles mundiais.


Recuperar a boa urbanização

Urbanizar, segundo Joan Clos, “é desenhar muito bem o espaço urbano, de forma que a vida se torne agradável nas cidades, o que passa por construir ruas conectadas e organizar os espaços públicos”. Simples assim. Como exemplo prático, citou o alto percentual de espaço público existente em Manhattan – 49% do território da Ilha – em comparação com os 2% a 3% de vias disponíveis as favelas, de forma geral.
Como não há fórmula mágica, segundo ele, diante da diversidade das cidades, cada uma tem que encontrar o seu modelo. “O importante é que não tenhamos medo de mudar, mas de forma planejada e bem, para que, ao lado da boa urbanização, seja construída uma economia urbana que permita o desenvolvimento das cidades, motores do crescimento dos países, ensina. E conclui: “Tudo isso se faz a partir do compromisso dos governantes e da solidariedade entre todos os atores envolvidos, especialmente da sociedade”.

O que é a Aula São Paulo

Iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano (SDM) e da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa), a Aula São Paulo (http://www.aulasaopaulo.sp.gov.br) promove seminários e debates sobre boas práticas metropolitanas ao redor do mundo.

Assessoria de Comunicação da Emplasa
Margareth Lemos
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